What if...

Por vezes a vida traz-nos diversos acontecimentos que nos alteram a vida e passado um tempo, paramos e pensamos naquilo que imaginámos que iria ser a nossa vida, e percebemos que na realidade está tão diferente.
Pessoas que amávamos, e que iremos sempre amar, que imaginámos que ficariam ao nosso lado o resto da nossa existência, deixaram de o estar fisicamente. Ou porque partiram para outra dimensão, ou por terem tomado outras opções de vida, ou porque nos magoaram e por isso nos desligámos.
Profissões que imaginámos que iríamos ter, que nem de perto nem de longe na realidade surgiram nas nossas vidas, e demos um rumo tão diferente e obtivemos experiências profissionais e pessoais tão mas tão diferentes.
Porque imaginámos a nossa família ser uma dezena de filhos e viver no meio de um rancho, ou antes pelo contrário não imaginávamos que iríamos ter qualquer família e simplesmente seríamos só nós sem mais ninguém, e aconteceu tudo ao contrário.
Porque nos imaginávamos saudáveis, ou magros, ou menos magros, e não é isso que se passa na realidade.
Ou mesmo, porque não, nos imaginámos ricos e agora vivemos a contar cêntimos.

Dificilmente encontraremos uma pessoa que tenha conseguido concretizar todos os desejos, e que não tenha tido pelo menos uma coisinha que não tenha corrido como imaginou.
O resultado é que todos andam tristes a lamentar-se ou a resignar-se com o que não têm.

E se nós não tivéssemos apenas uma única vida na terra, e viéssemos várias vezes aqui para ter várias experiências, e aprendermos e evoluirmos espiritualmente?
Por exemplo, as pessoas que amámos nesta existência, já fazem parte de nós há várias existências, e continuarão a fazer parte de nós. Só que simplesmente tivemos desta vez de aprender que viver sem esse ser é difícil, e da próxima vez o amor ainda será maior e faremos uma existência maravilhosa.
Ou aprendemos a fazer outras coisas, que anteriormente desprezámos e agora tivemos de vir experimentar  para podermos dar valor e respeitar quem a fizer, ou mais tarde fazermos com amor e dedicação.
Ou porque as famílias que tivemos eram o oposto do que temos agora e há que experimentar outras formas familiares, para podermos evoluir e amar de outra forma quem nos rodeia.
Ou para darmos valor e respeitar o nosso corpo físico e não nos magoarmos e amarmo-nos tal como somos.
Ou para percebermos que o valor não está nas riquezas que temos mas sim no que somos e no amor que nos une e cresce entre existências.

Eu creio que as nossas existências são muitas e cada vez maiores e mais felizes. Por isso aproveitar as coisas maravilhosas que temos agora, as grandes lições que tivemos de aprender, as saudades que temos de outros seres fantásticos, e principalmente reconhecer e sentir o amor que sentimos pelos outros seres e perceber que o que realmente trazemos e levamos é apenas isso, o Amor.



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